“Eu tomei o veneno. Para ser infectado. Me devolva meu coração. Que seu corpo rejeitou....Estou continuando na dor, que está me consumindo. Está tornando-se meu proprio sangue” Attention – Tokio Hotel
Amy Waldorf
Amy, a vida toda uma garota doce, estudiosa, linda. Encantadora com seus cabelos loiros e olhos azuis.
Amy, como a maioria das crianças, teve seu pai, e sua mãe, teve um bom ambiente familiar...
Ok, Amy, não teve um bom ambiente familiar. Não, nunca. Quando tinha dez anos seu pai morreu em um trágico acidente de carro. Aos doze sua mãe se casou novamente. Um homen encantador Amy admitia a si mesma. Bom, pelo menos era, até que ele e sua mãe se casaram. Ele batia nela e na mãe..abusava delas. Até os quatorze anos, quando chegou em casa, sua mala estava feita, e se bem se lembrava, essas foram as palavras de sua mae:
“ Filha – dissera ela com lagrimas nos olhos – ele saiu querida, tempo o suficiente para voce fujir, eu sei que só continua aqui por mim...
- Mãe, não..eu não posso fazer isso. Não vou te deixar sozinha com esse monstro – tentara argumentar ela.
- Querida, eu te amo, eu quando digo para fugir, não estou sujerindo estou mandando. – disse a mãe. – Eu te amo filha, e não quero mais te ver sofrer. Fuja, agora! Ver ele fazer isso só me faz sofre em dobro, alivie minha consciência, deixe-me pensar que fiz algo certo uma vez na vida. – disse a mãe já chorando.
- Mãe..eu não posso, não conseguiria te deixar aqui. Não posso fazer isso com você – diz a menina já com a voz embargada e tomada pelo choro compulsivo.
- Você pode sim. E vai. Por mim filha, isso..só me faz sofre mais e..
- Eu te amo mãe, mais que tudo, nunca se esqueça disso. – dissera a menina. E essas foram as únicas palavras trocadas antes de Amy sair pela porta dos fundos com uma mochila lotadas de roupas enfiadas as pressas pela mãe, um celular novo com apenas números de emergência e 1000 dólares que sua mãe tinha guardado.
Dois meses depois, a mãe da garota suicidou-se. Amy se encontrava na casa de uma gentil senhora que ao encontrá-la na rua e, depois de ouvir sua história e com muita pena da menina, a abrigou em sua humilde casa. Antes disso Amy havia morado três semanas na rua, como uma mendiga, não tomara banhos decentes, apenas em um rio por perto. A menina se encontrava no sul do Canadá, a aproximadamente vinte km de distancia de sua casa. Ela poderia parecer feliz aos olhos de quem a visse. Mas a idosa senhora, com seus longos vividos oitenta anos, via a tristeza no olhar da menina, ouvia seu choro durante a noite, ouvia seus gritos de pesadelos enquanto dormia.
Amy foi matriculada pela senhora em uma escola perto da região, não fazia amigos, era a excluída, até que um dia, uma mulher linda, que parecia ser modelo, disse que podia ajudá-la. Sabia de seu trauma...desde então, Amy nunca mais foi a mesma, não que fosse antes, mas..digamos que algumas coisas como..sua dieta, sua fé em Deus, que foi perdida e odiada, sua fome..por sangue...
É, parece que algumas coisas estão voltando na vida desta menina, que não tem consciência nenhuma do que ocorreu há quinze anos atrás. Mas mesmo assim, volta seu passado...”
* * *
(POV Caroline)
- Dave, da para você parar de nos enrolar, e dizer qual a noticia que veio nos dar? – perguntei já impaciente. Após duas semanas do incidente na starbuck’s, Dave me apareceu dizendo que tinha informações sobre as bruxas e o clã maligno de vampiros.
- Ok, ok. Ouvi dizer por um amigo confiável que eles se encontram no Canadá. – disse ele.
- Como pode ter tanta certeza? – perguntou Tom desconfiado, ele simplesmente odiou Dave no momento em que eu disse que havíamos brigado e contado os mínimos detalhes. Ele me sentou em seu colo, afagou minhas costas, e tranqüilamente, com raiva no olhar e calma na voz, disse que mataria Dave, que arrancaria seus paises baixos fora, e que queimaria seu corpo para que nada do “traste” sobrasse.
- Ele esta seguindo eles, é imperceptível. O que é ótimo Thomas, então eu tenho certeza absoluta, confio em tudo o que ele diz.
- Ótimo. E como, quando, vamos para lá? – perguntou arqueando uma sobrancelha, Tom.
- Bom, podemos ir de carro, o que demora um pouco, e mesmo correndo não daria tempo de chegarem, então nós temos uma base a mais ou menos 500 kilometros daqui, se formos de carro ainda hoje chegamos na base, são onze horas da noite, chegaremos la perto das seis, e voces podem parar para dormir, montaremos barracas assim que anoitecer entrarei em contato com meu amigo, partimos no avião particular. E nós tentaremos dormir de dia tambem, para que não haja tantas pausas. – informou ele.
- Ótimo, nos de dez minutos para prepararmos as malas, e vá ao hospital e consiga-nos bolsas de sangue, umas seis, a fome volta em breve, se quer que ajudemos, não demore – disse Mary antes que Tom falasse alguma merda.
- Esta bem, não demoro – respondeu Dave prontamente já saindo para seu carro.
- Qual o seu problema? – perguntou Mary assim que entramos.
- Nenhum, eu não sou obrigado a gostar dele, não confio nele tambem. Entao não tenho problema nenhum. – respondeu ele dando de ombros.
- Fale serio Tom, não amo ele, mas não é tao detestavel assim, só age assim por que quer. – eu disse revirando os olhos.
Entao Tom e Mary engataram em uma conversa sobre algo que nao me preoculpei em saber.
“ Fuck you, Fuckyou very very much...” – tocou meu celular.
- Tansito, muito transito, chego ai em duas horas, no minimo. – disse Dave, que nem se quer esperou eu dizer alo, do outro lado da linha.
- Eu posso ir ai e te buscar...mas ai o carro vai ficar ai. – respondi meio indecisa.
- Há uns tres quilimetros tem um acostamento..eu posso deixar la, e depois pedir para alguem ir buscar, mas então teria que ir de carona com alguám, alias todos iriamos de carona, ja que o meu carro era o unico que tem capacidade e...
- Ok Dave vou te buscar com a moto, tchau. – disse e desliguei. Os amiguinhos dele vão no carro de Mary e de.
(POV Dave)
Que saco! Ja faz dez minutos que liguei para Caroline, e, mesmo depois de mau educadamente desligar na minha cara, ela ainda não chegou. Bufei pela decima vez.
- Hey gata! – chamou um motoqueiro..não espera era uma motoqueirA. Caroline.
- Que demora garota. – reclamei.
- Ei caladinho, se não te deixo ai. Mofando - respondeu ela simplesmente.
- Estou parado no acostamendo fazem vinte minutos, não pode falar nada – respondi revirando os olhos e saindo do carro.
- Que seja – disse ela. – Suba, ainda temos que passar no hospital – disse acelerando a moto. Tive que me segurar firmemente nela para não cair. Nem capacete eu pus, essa menina é louca mesmo.
- Caramba – gritei – você não cai não?
- Quieto caçador – respondeu me ignorando. QUIETO? Ela simplesmente quase virou a moto toda para frente e passou por cima de uma outra, e me manda ficar quieto.
Chegamos no hospital, ela foi atras de suas bolsas de sangue e eu fiquei parado do lado de fora encostado na moto da maluca.
- Hey lindo, essa Falcon é sua? – perguntou uma mulher vindo em minha direção. Mas nao era uma simples mulher era a mulher. Alta com cabelos cacheados até os meio das costas morenos, olhos castanhos delineados com um lapis preto e um vestido vermelho que marcava suas belas curvas. Muito belas por sinal. Ahn? Ela perguntou da moto? Acho que sim entao..acho que uma mentirinha não faz mal.
- Sim, gostou? – perguntei dando um sorriso torto.
- Muito. – disse ela avaliando a “moto” (quer dizer eu). De longe vi de relance Caroline parada observando a cena com um sorriso. Droga, ela deve estar rindo da minha cara, vou mostra para ela. – Pode me dar uma carona? – perguntou ajeitando o decote em v do vestido.
- Desculpe, ele não pode, nesse momento precisa me levar para casa, depois ele te liga, tchau querida – Caramba! De onde surgiu esse ser? Do nada Caroline ja estava do meu lado dando dois beijinhos na cara da moça que ficou completamente confusa e até um pouco frustrada.
- Caramba menina! – exclamei quando a morena peituda foi embora.- Sua estraga prazeres – fiz bico.
- Dave não ia deixar aquela prostituta andar no meu bebe – disse passando a mao na moto como se fosse uma criança. – Ela dar em cima de voce, é até ilario, mas agora sentar aquela bunda imunda dela aqui, nunca, mas nem morta.
- Ela não era prostiuta – reclamei.
- Era sim seu tapado, vocês homens viu – reclamou de volta subindo na moto. Tenho que admitir, ela ficava muito sexy nessa moto, com o cabelo bagunçado, e esse ar de avenureira. Ela que não me ouça dizer isso.
Subi na moto e fomos em silencio para a casa de Caroline. Ao chegar la o tal de Tom me olhou torto.
- Porque demoraram tanto? – perguntou desconfiado. ‘Tava pegando a Carol na moitinha seu troxa’ pensei. Credo, esse cara é chato. Ri com esses pensamentos o que fez Mary nos olhar desconfiada com a sobrancelha erguida e rir, e Tom nos olhar com ódio, mais expecificamente para mim. Foi algo do tipo: Vou te matar.
- Dave ficou paquerando uma prostituta – explicou Caroline de pois de me lançar um olhar reprovador e revirar os olhos.
- Não perde tempo em garoto, você é mesmo “o caçador”...de meninas – riu-se Mary. Revirei os olhos.
- Vocês são tão retardados mentais – disse Tom sentando-se no sofá.
- É Tom, só nós somos normais – disse Caroline. Por algum motivo a proxima cena me deixou irritado..
Caroline sentou no colo de Tom e o beijou calorosamente... Ok ok. Não foi isso o que aconteceu. Ela apenas sentou no colo dele e lhe deu um estalado beijo na bochecha, mas ao meu ver pareceu muito mais. Fiquei irado, e dei a desculpa de ter que respirar ar fresco para nao cometer uma loucura. Algo dentro de mim rugia, queria arranca-la dali e matar Tom.
Em algum lugar...
(POV desconhecido)
- Você tem feito um ótimo trabalho, devo admitir – disse ele.
- Obrigado – agradeci meneando a cabeça para frente. – Sabe que vai contra meus principios..
- Sim, por isso o admiro muito. Estas a nos ajudar, és muito corajoso por isso – disse com seu sotaque ingles e seu linguajar antigo.
- Sabe que se isso não der certo..sabe que tem esse risco certo? De que tudo podera dar errado, e ele se rebelar – disse eu calmamente.
- Sim, mas teremos a “proposta” para ele, e tudo dara certo..Dave é o melhor, e se algo der errado, ele mesmo se encarregara de matá-lo, então não temos com o que nos preoculpar.
- Receio que Dave fracasse, e estara tudo perdido caso isso aconteça – comentei.
- Ele não ira. Foi você quem o recomendou, acredito ter feito a escolha certa – disse ele pondo a mão no meu ombro.
- Certo. Mas me diga, e como vao as coisas com os escolhidos? – perguntei tentando aliviar a tensão no ar.
- Ah sim, consseguimos uma que resistiu a transformação. A garota sofreu de mais. Acho que é efeito da maldição que rogamos á eles – disse ele.
- Ótimo. A escolhida sera a ultima certo? – perguntei. A escolhida. Temia por ela. Ele sabia disso. O sacrificio a qual nos referiamos, não era bem o que os outros pensavam...
Mas o que eu não faria para salva-la de sua doença?
* * *
(POV Caroline)
Estava sentada no banco do carro de Mary, com Dave no volante e Mary dormindo no banco de tras, e Tom dirigia minha moto, era o unico alem de Mary que eu deixava dirigir, e os outros caçadores estavam no carro de Tom, que deixou com a maior carranca do mundo a chave nas mãos deles. Ja eram oito horas da noite, o ceu não tinha lua e estava morrendo de sono, havia apenas tirado um breve cochilo um de quase uma hora no carro e despertara ja havia meia hora. Eu e Dave por vezes trocamos palavras, nada muito interessante. Ah que nada, a coversa tava tão boa que eu até cochilei agora...
“Caroline!! – chamou a megera.
- Sim senhora – respondi de cabeça baixa e quase tropeçando em meus trapos, os trapos que ela me obrigava a usar em quanto papa não estivesse em casa.
- Você sua inútil ainda não lavou minhas roupas, queres apanhar? – perguntou apontando-me o dedo.
- Não senhora –respondi prontamente engolindo em seco. Ela andou até o outro extremo da sala e pegou um pedaço de madeira da lareira. – Sinto muito, isto nao vai se repetir. Eu juro – respondi choramingando quando ela fez menção de me bater. Outro roxo e não aguentaria ficar de pé, e apanharia mais.
- Va para o porão, fique la e só saia quando adormecer, e nada de levar roupas ou comida, direi ao seu pai que esta indisposta – ordenou ela.
- Senhora, eu sinto muito, não me deixa lá – disse ja com lagrimas ameaçando a cair. Ela levantou o pedaço de madeira e jogou-o contra minhas costas, fazendo-me cair contra o frio chão.
- Vá logo, antes que fique lá por mais dois dias.
E assim o fiz, fiquei lá, sozinha, como era de costume. Ouvi passos e presumi ser papai, ele provavelmente jantaria com a megera, megera não era seu nome, mas se fosse não faria diferença.
E no escuro, sozinha, com fome e frio, eu adormeci. Ultimamente, ficar só tem sido meu refugio. Ali eu encontrava a paz. Nao precisava fingir sorrisos, ou disfrarçar o choro, apenas chorava até sentir que não haveriam mais lagrimas, mas elas sempre vinham, e quando vinham, eu havia de segura-las, engoli-las, e sorrir, como a boa criada que megera me condena a ser. Eu não preciso fingir...não no escuro, na calada da noite sozinha em meus prantos.
Minha linha de raciocinio foi interrompida pela megera entrando no porao com um ferro em brasa.
- Ah queridinha, seu papa estas muito bravo- disse ela sorrindo malignamente. – Por que mentiu para a sua querida madrasta e disse que estava indisposta, se quando seu papa subiu a seu quarto para desejar-lhe boa noite, o quarto e a cama encontrvam-se sozinhos?
- Mas..eu não fuji, estou aqui! – exclamei.
- Não. Voce fugiu, que feio não? – perguntou com sarcasmo. – Não acha qe merecia um castigo?
- Não eu..
- Calada! – ordenou. E veio com o ferro em minha direçao, fechei os olhos, e silenciosas lagrimas escorriam freneticamente por me rosto, e não pude conter o grito que veio junto ao ferro marcando minhas costas....
Cicatrizes ficarão para sempre. Frente a frente com a morte. Um momento que parece melhor. A escuridão e a luz estão bloqueando a visão dela. Ela não está voltando. Ela não consegue dormir porque o tempo continua..As mãos de alguém estão tocando ela, ela não tem nenhum desejo...Ela simplesmente não se importa. As memórias dela estão indo embora - Tokio Hotel on the edge”
- NÃAAO – gritei assustando Dave que estava cochilando também. Passei a mão no cabelo e percebi que estava suada, e chorando freneticamente.
- Caroline, o que houve? – perguntou assustado. Olhei para tras e constatei que todos tinha parado para dormir e que Mary provavelmente tinha ido junto a Tom caçar.
- Apenas..lembranças – respondi tentando acalmar meu coração que só faltava saltar para fora do peito.
- Quer conversar sobre isso? – perguntou com certa incerteza na voz. Sim. eu queria conversar sobre isso, pois ja havia tempos que não tinha esses sonhos recordações. Mas falaria com Mary ou Tom. Não quero mostrar a Dave, minha pior fraquesa.
- Não, foi apenas um breve pesadelo, não irá se repetir, lhe garanto – respondi ja parando de chorar e controlando minha voz.
- Ok, se assim prefere – disse ele dando de ombros e virando-se para o lado.
Dez minutos depois, eu cochilei, e novamente tive esse sonho. Mas Dave, ja sem paciencia apenas se aproximou e disse:
- Não me bata – e me abraçou. Simples assim. Deixei-me ser abraçada, mesmo que por ele, e chorei, novamente derramei lagrimas sobre megera. Olhei para o ceu, e constatei ser uma noite sem lua, mas logo amanheceria, e teria que montar a barraca para não virar churrasco. Acho que meu futuro, sempre foi fugir do sol, pois é na escuridão que encontro a paz, a solidão e o conforto.
O pior é ter o poder de controlar sonhos, mas não poder mover um dedo sobre os meus proprios sonhos..
(link da musica: www.youtube.com/watch?v=QmdOYnA0z3Y)
Na Escuridão
Eu tenho escrito canções (No Escuro)
Eu me senti inspirada (No Escuro)
Eu me escondo (No Escuro)
Costumava estar com medo (Do Escuro)
Esses na luz sabem que morreremos (No Escuro)
Tem uma luz artificial aqui.
Minhas falhas escondem bem aqui.
Eu costumava ficar com medo de barulhos atravancados.
Agora eu estou com medo do silêncio.
Preencha esse espaço, palavras ociosas.
Eu estou morrendo de medo da luz e do silêncio.
Jesus, mate-me dentro disso.
Me levante para a vida de novo,
Como Você fez, como Você fez.
Agora eu estou muda apesar de mim mesma,
Todos eles se foram.
O silêncio que me detona,
As palavras ociosas me abandonaram e eu sobrei pra me encarar.
Eu seguro incontáveis por cada palavra ociosa.
Praga de palavras ociosas...
Eu estou morrendo de medo da luz e do silêncio.
Jesus, me cue dentro disso.
Me levante para a vida de novo,
Como Você fez, como Você fez.
A glória nos mostra, nos expõe.
Eu estou nua aqui, abandonada aqui,
Pelo Escuro, pelo Escuro, pelo Escuro, pelo Escuro
Eu estou morrendo de medo da luz e do silêncio.
Jesus, mate-me dentro disso.
Me levante para a vida de novo,
Como Você fez, como Você fez.